sábado, 16 de maio de 2009

cor do vento


Soltam-se ventos
na madrugada fria
Soltam-se cores
com cheiro a maresia

Quem os ouve?
Quem as vê?
Quem tem na língua
o paladar do porquê

Quem não dorme deitado
com o dono da razão
Quem tem lágrimas de mar
quando diz , não

São ventos de mudança
em cores por inventar
Espraiados na ternura
De sons de terra e ar

São as voltas que o vento dá
lidas com perfeição
em cada lado trocado
pelas raias da razão

RuiSantos

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