domingo, 10 de maio de 2009

no fio da navalha

cada curva
um desafio

cada rio
uma esperança

cada recta
um respirar

cada posse
uma ilusão

cada entrega
um ganho

assim é, vida
nada temos
nada somos

vivemos num trilho
falivelmente planeado
sem queixume
na certeza do incerto
e nos momentos que se disfrutam
exuberantes, rasgados, trocados

emoções, coreografando vida
e as razões que a sustém
necessárias
seguras
frias

e a vida continua
no fio da navalha

gotejando rios vermelhos
verdes de esperança
e azuis
de um olhar
mais além
sem fim

ruisantos

1 comentário:

Margarida Piloto Garcia disse...

Adorei este poema feito de cores e sentimentos.Pequenas frases brilhantes na intensidade transmitida.No fio da navalha, mesmo!