terça-feira, 14 de abril de 2009

Margarida

Oh Margarida,
Estou certa de que estás bem acompanhada, enquanto tantos de nós aqui sózinha no meio desta louca multidão. Podias ter ficado por cá mais tempo. Podias ter-te despedido, mas eu compreendo que não te deram tempo para o fazeres. Um dia iremos ter contigo. Sei que nos esperarás e receberás bem quando chegarmos, não nos levando a mal a longa espera a que te sujeitamos.
Tu és uma gaivota livre e nós incapazes de nos libertarmos das amarras fúteis desta vida efémera que levamos, dos nossos fardos e “prazeres” que no final a nada levam. Mas é preciso ficar...garanto-te! A chama precisa arder penosamente até ao fim.
Temos saudades da tua voz de passarinho...asas de vento, coração de mar...
Quem escreve sou eu, a papoila, mas todos pensamos diariamente em ti, e por vezes choramos.

MP

2 comentários:

Xico disse...

É

Sempre se encontra além, lá, pedaços de nós levados de cá.



Xico

Anónimo disse...

Como disse Virgílio Ferreira: “Ela permanece viva enquanto viverem os que a recordam”.

Obrigada pela sua lembrança.

Pilar