segunda-feira, 29 de junho de 2009

considerações sobre um tema

O amor não acaba

Cresce, sai de casa
Trabalha, dorme
Descansa, brinca
Passeia á beira serra
Cai, magoa-se, grita,
Exaspera
Desespera na espera
Mas
Não acaba
Se intimida, sem mais
Então
Não é amor
Foi apenas
Um sucedâneo, do amor
Um devaneio, amoroso
Uma paixão, desbragada

O amor
Quando entra
Instala-se
Em cada nesga de espaço
E cada recanto
Tem o seu nome gravado, a carmim
Pelas batalhas, retalhadas a pulso
E o seu aroma, inconfundível
Responde a cada desafio
Se porventura
Toma imagem de ausente
Mero engano
Está lá
Distraído, absorto
Enredado em pensamentos enleados
Por vezes
Brincando
Apenas pelo prazer de brincar, e rir
E contagiando com seu riso
(quantas vezes a custo)
Amizades, verdadeiras

O amor
Aquele que faz morada em casa alheia
E a chama de sua
Esse
Sorri
Sorri, pela cumplicidade encontrada
De quem ouve em uníssono
O silêncio revelador de um olhar
O grito sussurrado de um beijo
O simples desejo, de sonhar
E quando a incerteza
Por mais certa que seja
Tenta franquear a entrada
O amor, sorrindo
Renova-se
Na face imutável de uma palavra
Que em silêncio, repete

Amo-te

Amor
É um sentir indefinível
Concreto e abstracto
Certeza inabalável
Que
De tão certa e segura
Quando a dúvida, bate á porta
vendo-o sorrindo
Sorri também

Rui Santos

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