segunda-feira, 29 de junho de 2009

por vezes


Estou só
Vendo os sonhos que passam
Solidão
Sufocante, letárgica
Sedenta de vida
Colhe cores afoitas
Desdenha tristezas
Brotam sorrisos
Que enterram vencidos

“ Corro, corro
Fujo de mim
A noite e o dia
Trocam sem fim”

Retorno
Árida secura
De oásis, pontuada
Miragens seguras
Contidas, reais
Sim… entendo-as

Sorrio
Como devo
Finto as horas
Em rodopios inócuos
Roço o desejo
Do ter

O livro manda
Não obedeço
Rasgo a página
Salto sonos
Por doces palavras
Sentado no tempo
Escorro argumentos
Em fios de chuva
Descendente

Gritam

Estás só

Selo a porta pequena
Parto inseguro
Perco a margem
Subimos o rio
Ávidos de ses
Mas...
Sós
Não mais

Rui Santos

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