segunda-feira, 29 de junho de 2009

sabor ingénuo

felicidade
doce sabor ingénuo
ténue brisa da tarde
tesouro inocente, sem dono
amarras o gigante
despertas o simples
sem pudor, desnudas desejos
sem razão, sorves limites

felicidade
lança farpada
lâmina dupla
matas o medo
decepas a culpa

felicidade
quem és?
inquietas quem te quer
ris, de quem te segura
dona de ti
visitas sem hora
partes
se te despimos

felicidade
quem te teme?
que te nega a entrada
quem te teme?
por te perder
nos ecos da vida

felicidade
aroma fugaz
espelho de águas plácidas
respiro-te
vejo-te

leva-me

Rui Santos

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