sábado, 1 de novembro de 2008

fábulas

Tanto por viver
Tanto por sonhar
Vivo sonhando a vida
Criando fábulas, em tons de azul
Neste mar de choro e riso
Perdendo a conta terrena
As vezes que te amei, sempre
Criando muralhas de espuma
Que facilmente derrubas
Apenas por seres quem és
(quem mais sonha como eu?)
E sonho
Dia após dia
Viver de novo
Sem este espinho, polido
Que penetra, condena e consome
Questões sem horizonte
Etapas por queimar

Vida de sonho
Não te pertenço
Meus sentires e afectos
Não são teus
Passo por ti quando dormes
Na branca calada da noite
Como benigno caçador de emoções
Sou um sonho que sorri
Como tola e eterna criança
Que sonha não acordar
E ri de quem não sonha
Porque sabe um segredo
Que teima sempre em contar

Estar na vida sem sonhos
É correr sem nunca chegar

RuiSantos

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