sábado, 1 de novembro de 2008

és

Corro, corro
Fujo de mim
A noite e o dia
trocam sem fim

Procuro, no espaço
Encontro no tempo
A nesga de vida,
Que ri e dá alento
O dia vai alto
A tarde finda
Sempre estás em mim
Como bruma florida
Perco-me, perco-me
E deixo-me perder
Em insanas noites
Até o dia querer
Tanto e tão pouco
Salpicada de azul
Ensejos de fortuna
Soltos…
Rumam ao sul

Corro, corro
Saio de mim
Nasço da dor
De dias sem fim

Em tua cidade
Faço morada
No teu calor
Esqueço a dor
Como pássaro
Ébrio de luz
Estou em ti
Prados e rios
Deslizam sem fim
Mares e serras
Renovam-se sem quês
Apenas o vento
Trás as sombras do tempo
Do tempo
Que há-de vir.

RuiSantos

1 comentário:

Anónimo disse...

matas-me !!! ainda vais ter que me explicar forma...conteúdo estamos entendidos e acho que métrica também....troco pelos segredinhos nojentos da prosa.